Uma noite de festa e confraternização fora de campo só não foi a ideal porque o Inter não venceu o São Paulo pela oitava rodada do Brasileirão. Na invasão colorada a Criciúma, o time perdeu Alan Patrick logo no início e não teve força ofensiva para fazer gol com tantos desfalques. No fim das contas, o 0 a 0 no Heriberto Hulse lotado ficou como ponto somado.
Em campo, Coudet escalou o que tinha à disposição. Sem Rochet, Valencia e Borré, a serviço de suas seleções na Copa América, Mauricio e Alario, lesionados, mais Mercado, suspenso, o técnico manteve Fabrício no gol, devolveu Bustos à lateral direita, deslocou Fernando para ser dupla de Vitão, Thiago Maia de volante, com Aránguiz e Bruno Henrique à frente dele, Wesley pela esquerda, Alan Patrick e Lucca. No São Paulo, dos desfalques selecionáveis, o mais sentido era o goleiro Rafael. De resto, força máxima, como o trio ofensivo de Lucas, Luciano e Calleri.
Antes de a bola rolar, uma cena simbolizou o dia inteiro em Criciúma. Uma organizada do Inter abriu uma bandeira enorme de uma torcida do São Paulo, de apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul. Colorados, tricolores e até representantes do Criciúma confraternizaram, fortalecendo a amizade entre eles.
Quando o jogo começou, um problema. Aos 15 segundos, Alan Patrick levou uma falta. Aos três minutos, caiu no gramado e teve de sair. Hyoran entrou em seu lugar. Assim, todas as principais opções ofensivas de Coudet estavam fora.
A partida era absolutamente equilibrada, com o Inter extremamente dedicado na contenção ao São Paulo, mas sem chegar. Precisou de 15 minutos para chutar. Em jogada de Hyoran pela esquerda, ele encontrou Bruno Henrique na entrada da área. O camisa 8 rolou e Thiago Maia bateu de primeira, raspando a trave.
Forçando a marcação e tentando tirar espaços, o Inter voltou a finalizar aos 28. Hyoran, da entrada da área, chutou fraco, para fora.
O São Paulo levou 38 minutos para incomodar o Inter. Foi quando Wellington cruzou da esquerda, no segundo pau, Calleri tentou finalizar, a bola desviou em Renê e obrigou Fabrício a espalmar.
E o primeiro tempo acabou sem uma chance clara para qualquer uma das equipes.
Os times voltaram sem trocas. E depois de seis minutos mornos, o Inter teve uma boa oportunidade. Hyoran teve vantagem pela esquerda, entrou na área e cruzou, Lucca não alcançou por pouco.
A resposta do São Paulo, aos sete, teve um erro de Wesley, que deixou a bola com Lucas. Seu cruzamento foi na medida para Calleri cabecear e vencer Fabrício. No campo, o bandeirinha assinalou impedimento. Sucederam-se cenas engraçadas. Os jogadores do São Paulo, enquanto o lance era revisado, comemoraram um possível gol. Mas o replay confirmou que o atacante estava adiantado.
Aos 22, Coudet mexeu no time. Saíram Bruno Henrique e Lucca, entraram Wanderson e Gustavo Prado. Zubeldía respondeu colocando três jogadores mais ofensivos, Galoppo, Ferreira e Erick.
O São Paulo teve sua melhor chance aos 32. Em um contragolpe puxado por Lucas, ele encontrou Ferreira na ponta esquerda. O atacante entrou na área e ajeitou para Lucas, que chutou pela primeira vez e Fernando salvou, na volta, em outro chute frontal, Fabrício fez uma grande defesa. Dois minutos depois, novamente Lucas apareceu armando e concluindo um de cabeça um cruzamento na medida. O goleiro colorado fez um milagre.
Coudet fez as últimas trocas aos 39. Saíram Bustos e Aránguiz, entraram Igor Gomes e Bruno Gomes. Mas dali até o final, o jogo apenas se arrastou empatado.
Gaúcha/ZH
