Tem continuidade nesta sexta-feira, dia 10, o trabalho de buscas ao corpo da concordiense Roseli Fátima Stoll, de 38 anos, que teria sido assassinada pelo ex-namorado e jogada ao lago da Usina Hidrelétrica. As buscas entram no terceiro dia e ocorrem no interior de Alto Bela Vista.
Nesta sexta-feira, as equipes que realizam as buscas contam com apoio de um equipamento Sonar, que tem o objetivo de dectar materiais embaixo da água. Ele foi trazido de avião de Florianópolis e chegou ao local das buscas por volta das 13h30. Bombeiros de Xanxerê e São Miguel do Oeste também vão auxiliar.
Em torno das 14 horas, as equipes de mergulho começaram as buscas utilizando o equipamento, que foi colocado no lago e fez imagens por alguns minutos. Depois, ele foi retirado e as imagens feitas são acessadas, dando uma noção dos materiais presentes no fundo do lago.
Conforme os primeiros resutlados apresentados pelo equipamento, há quatro pontos indicados em que há indícios de que possa haver um material que seja um corpo ou algo parecido. Estes locais serão mapeados e com as coordenados, os socorritas farão os mergulhos para averiguar nos próximos minutos.
Pelo menos quatro equipes de mergulhadores de quatro corporações estão atuando nas buscas – Pinhalzinho, Chapecó, São Miguel do Oeste e Piratuba. Conforme o Capitão Magrini, de São Miguel do Oeste, o local provável onde o corpo foi deixado está delimitado e as buscas se concentram naquele espaço.
“Estamos com uma equipe bem qualificada, bem grande. Um esforço gigantesco para resolver o trauma da família. O sonar faz leitura de fundo, e consegue passar algumas imagens de como está aquele local para a gente. Existe a possibilidade de o corpo submergir, mas não sabemos o tamanho da pedra colocada no corpo. Vamos esperar se realmente acontece, ou encontramos antes”.
Além do sonar, os mergulhadores contam com a ajuda de outros equipamentos tecnológicos, como uma câmera subaquática, que ajuda a dar uma visibilidade melhor, de cerca de um metro a mais do que a natural. Pela indicação feita pelo suspeito, que foi novamente até o local, o ponto em que o corpo foi deixado tem 22 metros de profundidade.
Os trabalhos tiveram início ainda na manhã da quarta-feira, dia 08, depois que o suspeito confessou o crime à polícia. Na quinta-feira, dia 09, as buscas tiveram continuidade e contaram com apoio de equipes de mergulhadores de Capinzal, Piratuba, Joaçaba e Chapecó.
De acordo com informações da equipe do grupo de resgate de cães de Concórdia, nos dois primeiros dias, os animais do GORSC conseguiram farejar, nas últimas horas, alguns pontos do lago que podem ser indícios de onde o corpo foi largado. Os mergulhadores dos bombeiros fizeram buscas nestes locais exatos, mas ainda nda encontraram.
A profundidade do local de buscas é de cerca de 30 metros. “É nosso limite máximo. A gente consegue fazer um mergulho por dia de dez a quinze minutos, por causa do nitrogênio que começa a acumular na corrente sanguínea”, explicou o Cabo Nilton, que trabalha no local.
O ex-companheiro de Roseli confessou à polícia, no Rio Grande do Sul, que teria assassinado a mulher e depois jogado o corpo no lago, na comunidade de Entre Rios, interior de Alto Bela Vista, amarrado a pedras para que ele não submergisse. O homem foi preso na noite de terça-feira, dia 07.
Na tarde da quarta, o suspeito foi conduzido de Caxias do Sul,/RS, para o local das buscas. Ele chegou por volta das 16h30 e às 17h00 já havia saído de lá. O suspeito foi levado até o lago para indicar exatamente o local que havia abandonado o corpo a fim de facilitar o trabalho de buscas dos socorristas.
Ele disse à polícia gaúcha que matou a mulher na casa dele, em Concórdia. Na sequência, levou o corpo dela até o lago da usina, em Alto Bela Vista. Ele indicou o local, que fica em um ponto ainda mais profundo, o que vai exigir outros equipamentos da equipe de bombeiros.
Com informações Rádio Rural
