O Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite de Santa Catarina (Conseleite–SC), juntamente com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite-SC) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc) manifestaram preocupação com o agravamento da crise no setor leiteiro brasileiro.

Segundo as entidades, o país enfrenta um cenário de excesso de oferta de leite, resultado da produção recorde nacional, favorecida por boas condições climáticas e aumento da produtividade. A situação é agravada pela elevação das importações de leite em pó e queijo muçarela, principalmente do Uruguai e da Argentina.
A combinação desses fatores tem pressionado os preços para baixo, comprometendo a rentabilidade das indústrias e dos produtores rurais. Para evitar um colapso, o Conseleite–SC defende ações urgentes e coordenadas do Governo Federal e dos Estados.
Entre as medidas propostas estão a suspensão temporária, por seis meses, das importações de leite em pó e muçarela do Mercosul e a realização de auditoria nos certificados sanitários e critérios de qualidade dos produtos importados. As entidades também pedem compras públicas estratégicas de leite em pó e derivados, por meio da Conab e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), para reduzir o excedente interno.
O documento ainda solicita a harmonização dos sistemas de inspeção sanitária, revisão da carga tributária estadual e fiscalização rigorosa da rotulagem dos produtos importados.
O Conseleite–SC ressalta que a cadeia do leite é estratégica para a segurança alimentar, o emprego e a economia nacional, e defende que medidas rápidas e equilibradas são essenciais para restabelecer a sustentabilidade do setor.
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