A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) diz em nota que “a atividade do leite não é mais rentável” e que, por esta razão, o produtor está abandonando esse negócio.
Segundo a FAESC, nem o produtor e nem a indústria são responsáveis pelos altos preços do leite no mercado interno
Os preços do leite longa vida no comércio variam de R$ 5,30 a R$ 7,50. E o preço referência pago ao produtor, de R$ 2,15, com variação máxima a R$ 2,65 e mínima de R$ 1,99.
Na avaliação da FAESC, a redução da oferta de alimentos por causa da seca é um fator que contribui para a elevação dos custos.
De outro lado, acrescenta, a inflação e a escassez de insumos elevaram brutalmente os custos de produção.
“A cadeia produtiva do leite está impactada pelo aumento generalizado de custos diretos, como energia elétrica, gás, combustíveis, fertilizantes, embalagens, matérias-primas, mão de obra e outros insumos”, assinala a Federação.
A outra constatação é a “explosão” no custo da nutrição animal a partir da escassez de milho e farelo de soja.
Ao finalizar, o documento da Federação da Agricultura observa que “nem nem o produtor, nem a indústria causaram essa situação de preços elevados para o consumidor final”. E arremata que “é hora de Governo e Sociedade planejarem uma política para o leite, inspirada nos princípios da segurança alimentar.
Nos últimos anos, segundo a Federação, houve uma grande redução no número de produtores de leite em Santa Catarina. Eram 75.000 em 1990 e agora, sobraram 24.000. Nas contas da FAESC, somente durante a pandemia, 9.000 famílias deixaram a atividade.
Leia o documento completo no site da federação http://www2.faesc.com.br/