Uma advogada de 46 anos foi presa preventivamente acusada de tráfico de drogas em Chapecó. A decisão sobre a prisão veio após o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) recorrer da decisão da 1ª Vara Criminal de Chapecó que havia concedido prisão domiciliar a mulher.
O argumento da Vara Criminal era o de que não havia Sala de Estado-Maior para ela. A 4ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), então, acolheu os argumentos do MPSC e decretou a prisão preventiva da mulher.
Agentes da DIC (Divisão de Investigação Criminal de Fronteira) e da CPP (Central De Plantão Policial) de Chapecó cumpriram o mandado de prisão. Conforme a Polícia Civil, a advogada é acusada de tráfico interestadual de drogas, posse irregular de munições e associação criminosa. Ela foi encaminhada ao Presídio de Chapecó, onde permanecerá enquanto aguarda a sentença da ação penal.
Segundo o recurso, a falta de Sala de Estado-Maior, fator previsto no Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, não pode revogar a ordem de prisão preventiva de advogado. O Promotor de Justiça Gabriel Cavalett explica que ela terá cela individual, acesso a atendimento psicológico e condições sanitárias.
A investigação
A Operação “Imperadores”, da DIC de Chapecó, identificou duas pessoas, um homem de 48 anos e uma mulher, advogada de 46 anos, suspeitos pela maior parte da cocaína distribuída no interior de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A investigação iniciou em julho de 2021, quando uma terceira pessoa foi presa em flagrante ao transportar 76 quilos de cocaína. Conforme a Polícia Civil, a carga poderia render cerca de R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais), de Foz do Iguaçu/PR para Chapecó/SC.
Na primeira fase da operação, os investigados foram presos preventivamente em fevereiro. Já na segunda fase da operação, em março, “foram apreendidas drogas e munições, além de novas provas das práticas criminosas atribuídas ao casal”, afirmou a polícia.
O nome da Operação “Imperadores” é uma referência à posição conquistada pelos investigados no tráfico de cocaína na região Oeste. Ainda, o nome faz alusão a outra investigação realizada contra o mesmo casal, no ano de 2006, pela Polícia Federal, ocasião em que também foram presos pelo tráfico de sete quilos de cocaína. Com informações, ND.
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