O fenômeno climático que atingiu o município de Herval d’Oeste, na manhã da terça-feira (11), foi uma microexplosão, confirmou a Defesa Civil de Santa Catarina. Os ventos chegaram a 100 km/h.
Segundo o órgão estadual, a passagem de uma supercélula, por volta das 7h da manhã, ocasionou ventos intensos e resultou na queda de árvores e o desabamento de um galpão.
“A análise dos dados feita a partir do radar meteorológico de Chapecó, indica o deslocamento deste sistema meteorológico entre às 06h18 até às 07h06”, informou a Defesa Civil.
Na avaliação foi possível observar o indicativo de uma microexplosão sobre o município de Herval D’Oeste, com ventos em 100 km/h. Além disso, a análise da Defesa Civil indica o desenvolvimento de tempestade severa.
“Nas fotografias retiradas pelo Coordenador Regional da Defesa Civil de Joaçaba, é possível identificar um padrão de destruição que indica a ocorrência de uma microexplosão”, afirmou o órgão.
O galpão colapsou com a força dos ventos e as árvores foram derrubadas em um único sentido, o que indica uma microexplosão. “Também não houve sinais de objetos retorcidos que poderia caracterizar a ocorrência de tornado”, acrescentou.
Estragos causados pela microexplosão
Uma comunidade de Herval D’Oeste, no Oeste sofreu com ventania e chuva. O salão da comunidade de Canhada Funda, em Herval d’Oeste, que fica a 4 km do Centro da cidade, teve o telhado arrancado e parte das paredes derrubadas pelo vento forte. Felizmente, não houve feridos.
Uma casa na mesma comunidade também foi parcialmente destelhada devido à força da microexplosão. Quatro pessoas moram na residência, mas nenhuma se feriu. A Defesa Civil Municipal forneceu lonas para os moradores protegerem os móveis.
Algumas árvores foram derrubadas no acesso da comunidade, por volta das 7 horas. Segundo a Defesa Civil, não há registro de feridos ou desabrigados até o momento.
Os estragos foram registrados apenas na comunidade de Canhada Funda. Ainda não há informações oficiais sobre a força do vento que atingiu a região.
Alerta de ciclone em SC
A Defesa Civil Nacional reuniu informações para prestar esclarecimentos e orientações para a população catarinense e também ao Rio Grande do Sul sobre a passagem de um ciclone pela região. A coletiva para a imprensa ocorreu no MIDR (Ministério da Integração Desenvolvimento Regional) nesta terça-feira (11).
Participaram do pronunciamento Tiago Molina Schnorr, coordenador do Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), Naur Teodoro Pontes, diretor do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Márcia Seabra, meteorologista e coordenadora-geral de meteorologia aplicada, desenvolvimento e pesquisa do Inmet.
De acordo com Márcia, a preocupação maior se dá com o Rio Grande do Sul, já afetado por fortes chuvas no mês de junho. Com médias previstas acima dos 100 milímetros, o ciclone já atinge o estado nesta quarta-feira (12).
“Tem previsão de muita chuva pro Rio Grande do Sul entre quarta e quinta, com mais de 100 milímetros. A atenção especial se deve para regiao metropolitana de Porto Alegre. Os ventos são tão fortes quanto aqueles que atingiram o estado no mês passado, mas com abragência maior. O aviso da Marinha fala em ondas 4 a 4,5 metros, por isso os navegantes devem acompanhar as informações da Marinha”, informou Márcia Seabra.
Segundo o Inmet, em Santa Catarina o ciclone deve ser mais forte na região Sul, até o município de Laguna. O que não significa que o restante do estado não vá ter influência do sistema, uma vez que os ventos devem atingir a costa brasileira até São Paulo. (ND)
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