Os trabalhadores da educação de Santa Catarina decidiram suspender a greve por 60 dias. A decisão foi tomada na quarta-feira, dia 8, em assembleia extraordinária realizada na Praça Tancredo Neves, em Florianópolis. A paralisação dos professores da rede estadual chegou ao 15º dia.
Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (Sinte-SC), a maioria da categoria optou por fortalecer as mobilizações e retomar a paralisação daqui a dois meses, caso o governo não atenda as propostas apresentadas.
“Depois de conquistar na justiça o fim das perseguições feitas por Jorginho Mello, que ameaçou demitir os trabalhadores temporários, os grevistas avaliaram que é momento de fortalecer a luta e retomar às atividades. A categoria da mais uma oportunidade ao governo do estado de apresentar algo concreto que realmente valorize quem trabalha na educação”, afirmou o Sinte–SC.
Na noite desta terça-feira, dia 7, o governo do Estado emitiu uma nota oficial propondo algumas soluções para o fim da greve:
– Antecipação do aumento do vale alimentação para R$ 25 por dia já em novembro de 2024, o que representa R$ 80 milhões aplicados.
– Aplicação de 1/3 da hora-atividade a partir de 2025, um investimento de R$ 45 milhões na valorização dos professores.
– Lançamento de edital do maior concurso público da história da Educação em junho de 2024, com chamamento dos professores e profissionais aprovados a partir de 2025.
– Estudos para avaliação de impactos, por grupo técnico das secretarias de Educação, Administração e Fazenda, para a descompactação da tabela salarial, que hoje não é possível atender.
Essas condições apresentadas só serão válidas com o fim da greve e o retorno imediato às atividades.
“É importante ressaltar também que o governo de Santa Catarina já atendeu o pedido de revisão dos 14% ainda no ano passado, já aprovado na Alesc e implantado pela Lei Complementar nº 848/2023. Entre 2024 e 2026, apenas com essa medida, são R$ 700 milhões a mais nos valores pagos em aposentadorias aos servidores estaduais. O governo reiterou que as condições apresentadas só serão válidas com o fim da greve e o retorno imediato às atividades. Foi informado também que o pedido de revisão dos 14% pela classe já foi aprovado na Alesc e implantado pela Lei Complementar nº 848/2023”, diz a nota.
Com informações Folha Regional