Em uma ação que marca os 80 anos de um dos maiores artistas brasileiros, a pianista e produtora cultural Marisa Toledo homenageia Chico Buarque com uma série de palestras seguidas de rodas de conversa sobre o livro “Palavra Presa na Garganta” – que está sendo relançado – em instituições de ensino superior de Santa Catarina. A programação se encerra no dia 30 de julho, em Concórdia. A palestra será às 19h30, no Instituto Federal Catarinense (IFC), situado na Rodovia SC-283, s/n, bairro Fragosos. Desde o final de maio, autora já passou por Joinville, Blumenau, Florianópolis, Laguna e Lages.
Para Marisa Toledo, o projeto termina “com cara de começo”. Ela entende que ainda há um longo caminho a percorrer, no desafio de difundir a obra de forma mais abrangente. “Embora as universidades sejam lugares que teoricamente pudessem ser pontos multiplicadores do conhecimento, a prática tem demonstrado que é só o início da jornada, e que a abrangência do livro se dará pelo ‘contágio’ pessoal – quando conseguirmos sensibilizar esses grupos específicos, as pessoas com deficiência visual e auditiva, principalmente”, pondera Marisa, produtora com mais de 180 projetos impulsionados via leis de incentivo, à frente da Agência Cultural AqueleTrio.
“Palavra Presa na Garganta” analisa o impacto do contexto político dos anos 1960 sobre a obra de Chico Buarque. O volume foi relançado em versões acessíveis – e-book com descrição de imagens, audiobook com trilhas incidentais do compositor e videobook em Libras –, para leitores cegos e surdos. Os novos formatos inclusivos já estão disponíveis gratuitamente pela internet (confira no perfil do instagram, @palavrapresanagarganta).
A concepção dessas versões teve o envolvimento do IMPAR, o Instituto de Pesquisa da Arte pelo Movimento, de Joinville. Iraci Seefeldt, coordenadora de projetos do IMPAR, sublinha a “alegria enorme” da instituição em participar desse projeto, “fruto das ações que temos desenvolvido ao longo dos anos, que reverberaram e se multiplicaram”
Proposta cultural realizada com recursos do governo do Estado de Santa Catarina, pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2023, o livro tem o apoio institucional do IMPAR, o Instituto de Pesquisa da Arte pelo Movimento.
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