O presidente Jair Bolsonaro informou em transmissão ao vivo por uma rede social nesta quinta-feira, dia 21, que será de R$ 400 mensais o auxílio para 750 mil caminhoneiros em razão da alta do preço do diesel.
Ele não disse de onde vai tirar os recursos e nem a partir de quando o benefício será pago. Segundo o presidente, o valor em 12 meses somará R$ 3,6 bilhões.

Repúdio da Confederação
Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) informou que “repudia” o que chamou de “auxílio-diesel” de R$ 400 anunciado por Bolsonaro.
“Ao invés de tratar a causa, quer tratar o efeito colateral dela. É preciso extirpar o mal dessa política errada da Petrobrás que começou no governo Temer e segue no governo Bolsonaro”, afirmou na nota Carlos Alberto Litti Dahmer, caminhoneiro autônomo e diretor da CNTLL.
Os preços
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o menor preço médio do litro do diesel é R$ 4,823 (Rio Grande do Sul) e o maior, R$ 6,208 (Acre). Com isso, um caminhoneiro que encher um tanque de 400 litros, por exemplo, no Rio Grande do Sul pagará em média R$ 1.929,20 e no Acre, R$ 2.483,20.
“Deve ter outro aumento de combustível? Deve ter outro aumento de combustível. Não precisa ser mágico para descobrir isso aí. É só ver o preço do petróleo lá fora quanto tá o dólar aqui dentro. Então, começa a aumentar. Nós ainda dependemos de importação de diesel, em especial, em torno de 25%, e de gasolina também. Então, se não reajustar, falta. Então, a inflação é horrível? É péssima. Mas pior é o desabastecimento”, declarou o presidente Jair Bolsonaro.
Pedido de demissão
O aumento de gastos do Governo Federal não teve unanimidade na equipe econômica do ministro Paulo Guedes. Esta a razão do pedido de demissão de quatro secretários do Ministério da Economia. Eles entenderam que está havendo manobra para “furar” o teto de gastos do governo.