Bolsonaro participa em Brasília de atos pró-governo promovidos por religiosos e ruralistas

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O presidente Jair Bolsonaro participou neste sábado (15) em Brasília de manifestações pró-governo promovidas por religiosos e por ruralistas.

A Marcha da Família Cristã Pela Liberdade se iniciou pela manhã. No período da tarde, fundiu-se com o movimento de agropecuaristas e caminhoneiros.

Antes de ir à manifestação, o presidente almoçou com empresários do agronegócio em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG).

Bolsonaro foi de helicóptero para o local do evento, onde desfilou a cavalo. Sem máscara de proteção contra o coronavírus, cumprimentou os apoiadores aglomerados no gramado da Esplanada dos Ministérios.

O uso de máscaras em locais públicos é obrigatório no Distrito Federal. Aglomerações como as ocorridas no CTG, na Esplanada e no carro de som em que Bolsonaro discursou contrariam as recomendações de médicos, especialistas e do próprio Ministério da Saúde em relação à proteção contra a Covid-19. Mais de 430 mil pessoas já morreram de Covid no país.

Na manifestação, Bolsonaro estava acompanhado dos ministros Braga Netto (Defesa), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), Tereza Cristina (Agricultura), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Gilson Machado (Turismo), a maioria sem máscara. Parlamentares também compareceram ao ato.

Os manifestantes usavam trajes verde e amarelo e portavam faixas e cartazes nos quais defendiam “criminalização do comunismo”, voto impresso e atacavam ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Discursos

Ministros e o presidente da República discursaram no carro de som. Ricardo Salles, por exemplo, afirmou que o “agronegócio é o maior amigo do meio ambiente” e que “as cidades é que poluem” a natureza.

Braga Netto, da Defesa, declarou que as Forças Armadas estão em ação para “proteger” o agronegócio.

No discurso, Bolsonaro também fez ataques a governadores que adotaram medidas de restrição de circulação de pessoas como estratégia de enfrentamento à Covid.

Sobre a pandemia, Bolsonaro disse lamentar as mortes provocadas pela Covid-19 e todas as outras mortes no país. “Não é ficando embaixo da cama ou em casa que vamos solucionar esse problema”, afirmou.

Ele não fez referência no discurso à CPI da Covid, que apura ações e omissões do governo no enfrentamento da pandemia e eventuais desvio de verbas federais em estados e municípios.

Fonte: G1 Globo

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