Caminhoneiros prometem greve para início de Novembro

Caminhoneiros de todo o Brasil comunicaram ao governo que entrarão em greve a partir do dia 1º de Novembro. O comunicado foi no sábado (16), onde representantes dos transportadores rodoviários decretaram “estado de greve” e estabeleceram um prazo de 15 dias para o cumprimento das exigências pelo governo federal, após encontro nacional da categoria realizado no Rio de Janeiro.

Na quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro anunciou o ‘auxílio diesel’, com a promessa de beneficiar cerca de 750 mil caminhoneiros com bolsas de R$400, como forma de compensar a forte alta do combustível, mas isso é visto como insuficiente e desagrada os motoristas que mantiveram a promessa de greve para o início de novembro. 

Com a greve o porto de Santos que é o mais importante do Brasil e o maior complexo portuário da América Latina, deverá ser o mais afetado.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Reivindicações dos caminhoneiros

O documento que foi entregue ao governo foi assinado pela Abrava, pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), que estão à frente do movimento.

“A nossa pauta é a mesma desde os atos de 1º de fevereiro. Não é um assunto novo para o governo, nem para o STF ou para o Legislativo, que conhecem as nossas demandas”, afirmou o diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer. 


“Agora ou o governo senta com a categoria para fazer um trabalho, chama as partes envolvidas – Petrobras, STF, Congresso – para atender à pauta antes do dia 1º ou paramos o país”, completou o presidente do CNTRC, Plínio Dias.

Não é descartada por parte dos transportadores uma flexibilidade no cumprimento de todas as demandas feitas ao governo. Contudo, as lideranças citam que para isso precisam ver direcionamento do governo em busca de medidas concretas para o setor. 

“Estamos cansados de reuniões. Tentamos fazer articulação, mas a própria categoria não aguenta mais. Não há condições de trabalho”, pontuou Chorão.

Quanto à política de preços da Petrobras para combustíveis, os transportadores pedem mudança na política de paridade de importação (PPI) para paridade de exportação (PPE). Segundo eles, já foram entregues estudos de viabilidade da mudança para o governo e para a própria estatal. 

“O diesel está afetando, cada vez mais, os caminhoneiros. O governo precisa fazer alguma coisa”, argumentou Chorão.

Ele disse que vê com “bons olhos” a iniciativa do presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira, de unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível para cobrança de uma alíquota fixa pelos Estados.

Com informações, ClicRDC

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