Perdas de mais de R$ 145 milhões em 11 municípios da Amauc

Em 11 municípios do Alto Uruguai Catarinense a janela de perdas  de novembro e dezembro na produção agrícola foi estimada em R$ 145,2 milhões. Os dados foram levantados de acordo com a metodologia da Epagri, segundo o gerente regional, o engenheiro agrônomo Rafael Presotto. O documento da empresa é utilizado, entre outros, como base para que as prefeituras decretem situação de emergência.

Estiagem deixa marcas negativas na produção agropecuária de Seara e toda a região

O maior prejuízo na estiagem até agora foi registrado em Concórdia. Segundo a Epagri, R$ 57 milhões, e pelos dados do próprio município, R$ 63 milhões. O segundo, Xavantina – R$ 17 milhões. E o terceiro, Seara – R$ 12,9 milhões.

Prefeituras, como a de Arabutã, transportam água para abastecer propriedades rurais

As perdas nos demais municípios, ainda segundo a Epagri:
. Alto Bela Vista – R$ 9,1 milhões:
. Arabutã – R$ 7,9 milhões;
. Arvoredo – R$ 4,6 milhões;
. Ipumirim – R$ 5,5 milhões;
. Itá – R$ 5,5 milhões;
. Lindóia do Sul – R$ 11,5 milhões;
. Paial – R$ 3,6 milhões;
. Piratuba – R$ 8 milhões.

No relatório da Epagri falta o levantamento dos prejuízos nos municípios de Ipira, Irani, Peritiba e Presidente Castello Branco.

A Defesa Civil de Ipira  estima perdas de R$ 12,8 milhões.

Em Irani, a estimativa é de prejuízo de cerca de R$ 18 milhões. A informação é preliminar.
Quando decretou situação de emergência, Peritiba informou perdas de R$ 1 milhão.

Em Jaborá, com chuva regulares, não teve perdas significativas e por isso a Defesa Civil sugeriu ao governo que não seja decretada situação de emergência.

Em Presidente Castello Branco, os dados estão sendo levantados.

Relatório da Epagri no Alto Uruguai Catarinense

SEARA

O secretário de Agricultura de Seara, Renato Tumelero, observa que no relatório enviado à Defesa Civil não constam outras perdas, como na horticultura, fruticultura e demais culturas de subsistência. “O agravante é que ao longo dos últimos dois anos, Seara  permaneceu e está sob condição adversa de situação de emergência em 22 meses”. O secretário acrescenta que “a janela da normalidade” de metade de setembro até a metade de novembro possibilitou a semeadura das lavouras de verão e posteriormente veio o agravamento do baixo volume de precipitação.

CONCÓRDIA
“As perdas são enormes e o pior, são cumulativos. Nos últimos anos vamos sofrendo com essa escassez hídrica”, comenta Mauro Martini, secretário de Desenvolvimento Agropecuário de Concórdia. Além da agricultura, lembra que na produção pecuária a dificuldade também é grande. As maiores quebras vão se registra no milho em grão e para silagem, pastagens e soja.

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