Estado celebra 16 anos de Santa Catarina como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação

Fotos: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

Uma das maiores conquistas da pecuária catarinense foi a histórica conquista do status de Área Livre de Aftosa sem Vacinação no estado. Santa Catarina se mantém como referência em saúde animal e defesa agropecuária. Nesta quinta-feira, 25 de maio, o Estado comemora 16 anos do reconhecimento internacional como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). 

O status sanitário diferenciado foi fundamental para que o Estado se tornasse o maior produtor e exportador de carne suína de todo o país, além de abrir as portas para os mercados mais exigentes e competitivos do mundo. Assegura ao Estado, por exemplo, o primeiro lugar na exportação de carne suína entre todas as unidades da federação e diferenciais também para exportação de carne bovina.  Atualmente, a produção catarinense é comercializada em mais de 150 países e os embarques de produtos de origem animal respondem por 38% de todo comércio internacional catarinense.

Santa Catarina foi o primeiro a erradicar a doença no Brasil. Em 1952, após a criação da Secretaria da Agricultura em Santa Catarina e implantação do Serviço de Defesa Sanitária Animal, o Estado deu início ao combate à Febre Aftosa. A vacinação dos bovinos continuou até o ano 2000, onde a participação de vacinadores do Programa Agulha Oficial foi fundamental para que a doença não fosse mais identificada em propriedades de Santa Catarina.

O último foco foi identificado em propriedades catarinenses no ano de 1991 e, em 1993, houve o registro oficial do último foco de Febre de Aftosa no Estado, em um abatedouro, em animais vindos de fora do nosso território. 

30 anos sem um foco da doença

O último foco de febre aftosa em Santa Catarina ocorreu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de 2007, representantes do Governo do Estado compareceram à 75ª Assembleia Geral da antiga OIE (hoje OMSA), realizada no período de 20 a 25 de maio de 2007, em Paris, para receber o certificado que fez do estado a única Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação do Brasil. 

Para a presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Celles Regina de Matos, a manutenção do status sanitário por 16 anos é resultado de ações importantes do Governo de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Agricultura, e do profissionalismo de todos os médicos veterinários e demais técnicos da companhia junto aos produtores rurais, além de entidades públicas e privadas ligadas ao setor produtivo.

Manutenção do status sanitário

A Cidasc é o órgão oficial responsável pela defesa agropecuária em Santa Catarina, e empenha-se, diariamente, para que o status sanitário de excelência seja mantido, por meio de programas de sanidade animal, do serviço de inspeção de produtos de origem animal e da fiscalização agropecuária realizada nos 58 postos de fiscalização fixa, que a companhia mantém na fronteira com a Argentina e nas divisas estaduais, que funciona o ano inteiro, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para garantir um dos maiores patrimônios do Estado: a sanidade agropecuária de Santa Catarina. Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas fronteiras, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados. 

Arte: Ascom/Cidasc.

Em Santa Catarina não é permitida a entrada de bovinos provenientes de outros estados que não tenham o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. Para que os produtores tragam bovinos, ovinos, caprinos e suínos criados fora de Santa Catarina é necessário que os animais passem por quarentena tanto na origem quanto no destino e que façam testes para a febre aftosa, exceto quando destinados a abatedouros sob inspeção para abate imediato.

O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que seja notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. A iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo, por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa).

Saiba mais sobre a Zona Livre de Febre Aftosa

A primeira Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação foi implantada em 1998 e envolveu o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 2000 e 2001, foram registradas reintrodução do vírus da Febre Aftosa no Rio Grande do Sul, que decidiu pelo retorno da vacinação, já Santa Catarina reforçou a fiscalização nos Postos de Fiscalização Agropecuários, nas divisas e se manteve no propósito de erradicar a doença e não vacinar o rebanho. Em 2007, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu a Primeira Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação do país – o Estado de Santa Catarina, que se mantém até hoje.

mês de maio, dedicado às ações de promoção da sanidade dos animais de produção, em Santa Catarina, e agora no Brasil, se deve muito ao marco da certificação da Febre Aftosa, em Santa Catarina. E da estrutura, que o governo mantém (profissionais, laboratórios, equipamentos especializados, postos fixos de fiscalização agropecuários, educação sanitária realizada nas escolas e nas universidades), que a Certificação de Zona Livre de Febre Aftosa seja mantida e os negócios da pecuária catarinense continuem prósperos e exemplares.

Sobre a OMSA

Organização Mundial de Saúde Animal, conhecida até agora como OMSA (devido a ter sido fundada em 1924 com o nome Office International des Épizooties), passou a assumir como acrônimo WOAH (de World Organisation for Animal Health).

Assessoria de Comunicação – Cidasc

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