A sessão de julgamento da última sexta-feira, dia 7, na comarca de Chapecó, no Oeste, contou com grande número de policiais militares. Normalmente, os profissionais se fazem presente para garantir a ordem do júri, mas, dessa vez, participaram em solidariedade à família da vítima do crime em debate: um sargento da corporação que foi assassinado em setembro de 2021, no bairro Jardim do Lago.
O acusado pelos disparos de arma de fogo que tiraram a vida do policial foi condenado a 23 anos de reclusão, em regime fechado.
O conselho de sentença, composto por sete mulheres, reconheceu a qualificadora de motivo fútil. A sentença também inclui o crime de porte ilegal de arma de fogo. A sessão foi presidida pelo juiz Jeferson Osvaldo Vieira, da 1ª Vara Criminal da comarca.
Até o horário do almoço foram ouvidas as testemunhas. A exibição de vídeos com as oitivas demorou duas horas e 30 minutos. Após, duas pessoas falaram presencialmente. Na retomada dos trabalhos, a tarde seguiu com o interrogatório do réu, apresentação da acusação e defesa. O promotor de justiça pediu réplica e a defesa rebateu com tréplica. A sentença foi lida às 20h30.
De acordo com a denúncia, o crime julgado aconteceu em 11 de setembro de 2021, no bairro Jardim do Lago. Depois de um acidente de trânsito, houve discussão entre o acusado e moradores vizinhos do proprietário do veículo, seguida de agressões físicas. Um policial militar de folga, familiar dos moradores agredidos, foi até a residência do réu. Ele conversava com a mãe e o padrasto do acusado quando este chegou. Houve troca de tiros e o policial acabou ferido fatalmente. O autor do crime está preso desde os fatos e teve negado o direito de recorrer em liberdade.
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