Um homem de 54 anos foi preso na tarde desta terça-feira (3) em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, após divulgar informações sobre uma operação da Polícia Militar em um grupo de WhatsApp. A ação comprometeu diretamente a eficácia da operação e resultou na prisão em flagrante do suspeito.
De acordo com a PM, o homem compartilhou áudios e uma imagem no grupo intitulado “Role de boa na city”, revelando a localização exata da operação policial, realizada na Rua Vinte e Sete de Fevereiro, próximo à saída para Bom Jesus. Nas mensagens, enviadas às 13h42 e 14h22, o autor se referia aos policiais de maneira irônica, chamando-os de “pastores colhendo dízimos”, além de alertar outros membros do grupo para evitarem a região monitorada.
“Boa tarde, piazadinha. Os pastor pararam próximo à antiga Luana, faz uns 10 minutinhos, pararam e vão começar (…). Se cuidem, tão pegando dos dois lados.”
“Ô piazadinha, sabe aonde fica a Chapeação? É bem em frente à Luana. É aqui que eles estão pegando, um pouquinho pra baixo.”
Com base nas informações compartilhadas, a guarnição iniciou buscas nas proximidades e localizou o autor, que admitiu espontaneamente ter enviado os áudios e a imagem, apresentando inclusive seu aparelho celular como prova.
Diante da situação, o homem recebeu voz de prisão por atentado contra a segurança ou funcionamento de serviço de utilidade pública, conforme o Artigo 265 do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de um a cinco anos de reclusão, além de multa.
Segundo a Polícia Militar, a atitude do suspeito pode ter facilitado a fuga de criminosos ou de pessoas portando objetos ilícitos, comprometendo o êxito da operação. Após ser detido, o homem foi conduzido à Polícia Científica para exame de corpo de delito e, em seguida, à Delegacia de Polícia Civil de Xanxerê, onde foram adotados os demais procedimentos legais.
Apesar de demonstrar arrependimento, a PM destacou que o dano já havia sido causado. Em nota, a corporação alertou que a divulgação de operações policiais em redes sociais ou aplicativos de mensagem pode configurar crime e coloca em risco a segurança pública e a integridade de agentes e cidadãos.
