Homem que matou ex-companheira a tiros em Chapecó, é condenado a mais de 24 anos de reclusão

Foto MPSC

Na manhã da sexta-feira, 12, um homem foi condenado a 24 anos e quatro meses de reclusão em regime inicial fechado por matar a ex-companheira a tiros em Chapecó. O crime, ocorrido em novembro de 2023, foi registrado por câmeras de videomonitoramento e ocorreu em frente ao local de trabalho dos dois.

Inconformado com o fim do relacionamento, o réu, que também trabalhava na mesma empresa que a vítima, esperou ela descer da van da empresa e, em frente ao portão de entrada, atirou duas vezes contra ela. Após a vítima cair no chão, ele disparou mais duas vezes em seu rosto. O homem tentou efetuar mais disparos, mas a arma falhou. Ele fugiu para uma área de mata próxima, mas foi preso em flagrante por policiais militares.

O Julgamento

Após mais de nove horas de sessão no Tribunal do Júri, o réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) e por porte ilegal de arma de fogo. A Promotora de Justiça Marcela de Jesus Boldori Fernandes destacou a brutalidade do crime e a importância da condenação como exemplo no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.

O pai da vítima, Silvio Marcos Brasil Corrêa, presente no julgamento, descreveu sua filha como uma menina doce e amada por todos. “Ela não está aqui para se defender e contar o quanto ela sofreu nas mãos dele, mas eu espero que, a partir de hoje, a justiça comece a ser feita em prol da memória da minha filha”, declarou.

Detalhes do Caso

Testemunhas relataram que o relacionamento entre o casal era conturbado devido à agressividade do réu. Cerca de 20 dias antes do crime, a vítima havia se separado e estava morando com o pai, junto com seu filho de dois anos. Ela havia registrado um boletim de ocorrência e tinha medidas protetivas contra o réu.

Na manhã do crime, o réu entrou na van da empresa e esperou a vítima descer para efetuar os disparos. A vítima morreu no local devido aos ferimentos.

Consequências Legais

Apesar da possibilidade de recurso, a Justiça negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, mantendo-o preso preventivamente. O caso demonstra o empenho das autoridades em punir exemplarmente os crimes de feminicídio e reforça a luta contra a violência doméstica e familiar.

Informações MPSC/DI Regional

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