
Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 13, na Delegacia Regional de Polícia em Chapecó, a Polícia Civil anunciou a reabertura do caso do duplo homicídio ocorrido em 2018. As vítimas, Francieli Rodrigues, de 15 anos, e Jaqueline Dall’Acqua Rodrigues de 23 anos, desapareceram em maio daquele ano, levando as famílias a registrarem boletins de ocorrência poucos dias após os sumiços.
No dia 14 de maio de 2018, um corpo carbonizado foi encontrado em Planalto Alegre. Um popular que passava pelo local, ao notar fumaça, acionou a polícia. A investigação revelou que se tratava de Francieli e que a causa da morte foi uma perfuração no pescoço, provocada por um canivete encontrado junto ao corpo. Outros objetos, como um perfume, um martelo e uma bolsa, foram coletados e se mostraram importantes para o desenrolar do caso. A identificação do corpo não foi possível inicialmente, mas, com o tempo, a polícia científica conseguiu confirmar a identidade de Francieli através de um exame de DNA. O corpo foi encontrado com uma jaqueta e outros pertences que pertenciam a Jaqueline, que também estava desaparecida.
Avanços na Investigação
Logo após os crimes, um homem de 27 anos, natural de Iraí-RS, foi identificado como suspeito. A Delegacia de Planalto Alegre conduziu a investigação e confirmou que ele foi o autor do crime. Francieli foi encontrada amarrada e com sinais de que havia sido amordaçada, o que indicava a brutalidade do ato. O corpo foi desovado em Planalto Alegre, mas o crime ocorreu em uma residência no loteamento Di Fiori, em Guatambu. A polícia coletou amostras de sangue em um colchão e na parede da casa onde o crime foi cometido.
Durante a investigação, descobriu-se que a família do suspeito estava viajando naquele fim de semana, permitindo que ele retornasse à cidade e cometesse o crime. A adolescente foi morta e enrolada em uma colcha da residência. Após a coleta de evidências, o suspeito foi preso, mas fugiu antes do julgamento. Ele foi condenado em 9 de setembro de 2018, a 18
anos e 6 meses de reclusão.
Um ano e meio depois, parte de uma ossada foi localizada próxima a Guatambu, em uma plantação de erva-mate. Durante esse tempo, a Polícia Civil continuou buscando informações sobre Jaqueline, que ainda estava desaparecida. No início de 2025, a Polícia Científica conseguiu finalizar um exame iniciado em setembro de 2024 e identificou a ossada humana como sendo de Jaqueline Dall’Acqua Rodrigues. Os restos ósseos, um crânio humano, haviam sido encontrados no dia 19 de dezembro de 2019, em uma plantação de erva-mate próxima a Chapecó. Devido ao estado avançado de decomposição, não foi possível identificar inicialmente.
Com a confirmação da morte de Jaqueline, cujo crânio apresentava marcas de fratura na face e na têmpora esquerda, a Polícia Civil retomou os trabalhos investigativos e está trabalhando com a hipótese de conexão entre os crimes. As investigações devem avançar nas próximas semanas, com novas informações sendo divulgadas.
Informações DI Regional