Era preciso vencer. Mais do que jogar bem, do que dominar, do que ter estilo. Era preciso vencer. E o Inter venceu. Quebrando até o folclore. Contra o último colocado do Brasileirão, que ainda não marcou gols, a equipe de Eduardo Coudet fez um bom segundo tempo, e ganhou do Cuiabá, na Arena Pantanal, por 1 a 0, gol de Hugo Mallo.
A partida era válida pela sétima rodada, mas foi a quinta do Inter na competição, chegando a 10 pontos. Agora, volta os olhares à Copa Sul-Americana, serão dois jogos nos próximos dias, contra Tomayapo, na Bolívia, e Delfín, no Alfredo Jaconi.
Teve surpresa na escalação. Coudet mexeu muito no time, colocando quatro jogadores diferentes dos que haviam iniciado contra o Belgrano. Hugo Mallo foi o lateral-direito, com Vitão e Mercado na zaga mais Robert Renan improvisado na lateral esquerda. No meio, Thiago Maia e Bruno Henrique ocuparam a faixa central, com Mauricio e Wesley abertos. Na dupla de ataque, Borré e Valencia.
O começo do jogo foi completamente arrastado. Seja pela falta de entrosamento ou pelas adaptações, o Inter não conseguia produzir nada. O Cuiabá esbarrava na falta de criatividade, e também nos espaços preenchidos pela defesa colorada.
Assim, levou mais de meia hora para que algum goleiro trabalhasse. Quem chegou primeiro foi o Cuiabá. Aos 31, Clayson avançou pela esquerda e cruzou. Max bateu de primeira, mas a conclusão foi nas mãos de Rochet.
O Inter levou 33 minutos para atacar com perigo. Wesley fez tudo sozinho ao receber um passe de Vitão, entrou na área e bateu. A bola desviou na defesa e enganou Walter, mas passou ao lado da trave. E foi só, um primeiro tempo sem criatividade e potência ofensiva.
Mallo decide no segundo tempo
No intervalo, Coudet mexeu na equipe. Valencia, que havia sentido dores após uma pancada, deu lugar a Alan Patrick. Além dele, entrou também Aránguiz, na vaga de Mauricio. Aos sete minutos, o Inter teve a melhor chance do jogo. Wesley, como sempre, fez uma jogadaça pela esquerda e rolou para trás. Alan Patrick pegou mal, mas conseguiu dividir com Walter, a bola sobrou para Bruno Henrique, que tentou de voleio. De cima da linha, Bruno Alves salvou com o queixo.
Aos 13, uma semi-oportunidade. Bruno Henrique e Mallo combinaram pela direita, a bola foi cruzada e Aránguiz desviou. Walter defendeu.
O Inter estava melhor. Aos 17, em lance pelo meio, a bola sobrou para Bruno Henrique. Na área, ele chutou e Walter fez grande defesa, desviando para a trave. No rebote, dois jogadores brigaram pelo rebote. Por último, Alan Patrick faria o gol quando Bruno Alves, caído, evitou a conclusão com o braço. Pênalti. Cinco minutos depois, chamado ao VAR, porém, o árbitro assinalou falta de Borré na origem da jogada, ao saltar com Bruno Alves.
A pressão do Inter deu resultado aos 23. Robert Renan cruzou para a área, a bola passou para a direita e Hugo Mallo matou no peito e encheu o pé esquerdo para abrir o placar.
Aos 35, o Inter tinha a bola controlada no campo de ataque e voltou até o goleiro. Rochet errou o domínio, tentou driblar e levou um carrinho de Eliel, que ficou com a bola. O atacante faria o gol e foi derrubado pelo uruguaio. Pênalti e cartão vermelho. Ao rever o lance no VAR, porém, marcou a falta clara do jogador do Cuiabá, deu cartão a ele e retirou a expulsão do goleiro colorado.
Coudet mexeu aos 41. Saiu Mallo, entrou Igor Gomes. Aos 46, mais duas trocas, para se fechar de vez: Renê e Fernando nas vagas de Bruno Henrique e Wesley. Com formação defensiva, soube segurar o resultado e comemorar três pontos fundamentais no Brasileirão. (Gaúcha/ZH)
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