Maioria dos óbitos não tinha esquema vacinal completo

Um levantamento exclusivo realizado pela reportagem da Rádio Rural, aponta que a maioria das pessoas que morreu por covid-19 em Concórdia nos últimos três meses eram idosos e praticamente todos eles estavam sem o esquema vacinal completo. De setembro até novembro, o município teve 14 vítimas fatais por conta da Covid, das quais 11 eram pessoas acima de 60 anos.

De acordo com os dados apurados, destes 11 óbitos de idosos no período, apenas um estava com o ciclo vacinal completo, isto é, com as três doses em dia – ou 10% das vítimas fatais. Sete idosos haviam recebido as duas primeiras doses, enquanto que uma pessoa estava com apenas uma dose. O que chamou a atenção neste levantamento é que uma das pessoas que morreram não estava vacinada.

Em setembro, teve início no Brasil a vacinação de reforço, que é a aplicação da terceira dose. A partir de então, todas as pessoas com mais de 60 anos poderiam receber mais uma dose. Isso ocorreu porque em idosos, a imunidade tende a enfraquecer de forma natural com o tempo. Visando evitar as infecções pelo coronavírus, o Ministério da Saúde autorizou a terceira dose.

Isso, no entanto, não quer dizer que as vacinas não funcionam. Autoridades de saúde reiteram que a terceira dose é um complemento necessário, igual a outras campanhas de vacinação que são realizadas anualmente. Os profissionais também lembram que nenhuma vacina, seja da covid-19 ou de qualquer outra doença, é 100% eficaz, mas apresentam resultados altamente positivos na prevenção da forma grave da infecção na maioria dos pacientes.

A secretaria de saúde de Concórdia, Leide Mara Bender, reforça em entrevista à Rural que as pessoas que já estão no prazo devem comparecer às ações de reforço, a fim de alcançar a imunidade total. Ela lembra também que sempre que possível, a população deve manter as medidas de proteção já conhecidas desde o início da pandemia.

“É importante as pessoas ficarem atentas que a pandemia não acabou. Estamos diminuindo os casos, internações. Isso se deve à vacinação. Porém, as pessoas precisam seguir os protocolos. Onde não é possível manter distanciamento, é preciso usar máscara. Nós dispobilizamos a vacina no SUS, e cabe a cada pessoa e fazer sua parte, fazer o agendamento e tomar a vacina. De nada adianta tomar a primeira dose, e não fazer a segunda dose e a dose de reforço. A dose de reforço vem justamente para completar o esquema de imunização”.

Outra preocupação em relação às mortes e à vacinação é quanto à nova variante da covid-19, a ômicron. A nova cepa tem 50 mutações está confirmada em diversos países, inclusive no Brasil. A terceira dose da vacina já foi autorizada para todos os adultos com mais de 18 anos com intervalo de cinco meses após a segunda dose.

Rádio Rural

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