
Um novo boletim epidemiológico divulgado nesta semana pelo Ministério da Saúde mostrou o crescimento dos casos de febre oropouche em todo o Brasil. De acordo com os dados da pasta, o país tem 5.102 casos da doença, sendo 2.947 deles na Amazônia e 1.528 em Rondônia.
Já os demais confirmados ou em investigação estão localizados nos seguintes estados: Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná. A faixa etária mais afetada está entre 20 e 29 anos.
O que é a febre oropouche?
A febre, transmitida principalmente por mosquitos, é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). A transmissão é feita a partir da picada de um mosquito em uma pessoa ou animal infectado, porque o vírus permanece no sangue dele por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, transmite, então, o vírus para ela.
De acordo com o Ministério da Saúde, existem dois ciclos de transmissão da doença:
- Ciclo silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
- Ciclo urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.
Quais são os sintomas?
Os sintomas, muito similares à dengue e à chikungunya, duram entre dois e sete dias e incluem:
- Febre de início súbito;
- Dor de cabeça intensa;
- Dor nas costas e na lombar;
- Dor articular;
- Tosse;
- Tontura;
- Dor atrás dos olhos;
- Erupções cutâneas;
- Calafrios;
- Fotofobia;
- Náuseas;
- Vômitos.
Não existe tratamento específico para a doença. Com o acompanhamento médico, são indicados medicamentos para aliviar os sintomas.
Informações O Globo Saúde