Morrem Antero Greco, Apolinho e Silvio Luiz

Morrem Antero Greco, Apolinho e Silvio Luiz
Antero Greco, Apolinho e Silvio Luiz (Fotos: Internet)

Três grandes personalidades do jornalismo esportivo brasileiro faleceram nesta semana: Antero Greco, Apolinho e Silvio Luiz.

Antero Greco

O jornalista esportivo Antero Greco morreu nesta quinta-feira (16), aos 69 anos, em decorrência de um tumor cerebral. O Hospital Beneficência Portuguesa informou que o comentarista da ESPN faleceu às 3h (de Brasília), em decorrência de complicações de um meningioma.

O jornalista trabalhou na ESPN por 30 anos — era o mais antigo na casa e chegou antes mesmo de a emissora ter o atual nome. Ele entrou na empresa no início de 1994, quando ainda se chamava TVA Esportes e ficou até os seus últimos dias, mas estava afastado da grade de programação devido ao seu estado de saúde.

Antero fez parceria de sucesso com Paulo Soares, o Amigão, no comando do SportsCenter. Tinha o equilíbrio entre bom humor e seriedade jornalística como característica marcante e contribuiu para a formação de diferentes gerações de fãs do esporte.

Começou a carreira no Estado de S. Paulo, em meados da década de 1970. Também teve passagens por Popular da Tarde, Folha de S. Paulo, Diário de São Paulo e TV Bandeirantes, além de ter sido colunista do UOL entre 2019 e 2020. Cobriu mais de dez Copas do Mundo e diversos grandes eventos esportivos.

Tinha mais de 40 anos de experiência e se formou na ECA-USP. Ele fez parte da primeira turma de jornalismo no período noturno da faculdade. Antes, estudou em colégio religioso e quis ser padre na infância, mas não seguiu o caminho da batina.

Era apaixonado por literatura e escreveu dois livros: ‘Seleção Nunca Vista’ e ‘A Goleada’. Chegou a começar a cursar Letras, mas abandonou a graduação e focou no jornalismo. Possuía uma coleção de livros com mais de dez mil exemplares.

Palmeirense, era também um entusiasta do futebol internacional. Participou do início das transmissões no Brasil de jogos do futebol italiano e não deixava seu time do coração influenciar em seu trabalho:

Sou palmeirense, de família palmeirense. Mas, no trabalho, sou São Paulo, Corinthians, Flamengo, Vasco, Santos… sou o que for. É uma coisa que a gente aprende com o tempo. Uma coisa é o trabalho, outras quando estou em trajes civis.

Antero Greco estava hospitalizado e “em seus dias finais”, conforme relatado por Paulo Soares. Ele estava no Mirante da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, já não respondia mais e se alimentava por sonda.

O jornalista vinha enfrentando a doença desde junho de 2022, tendo realizado cirurgias e sessões de radioterapia nos últimos anos. Ele foi internado algumas vezes e foi submetido a procedimentos para tratar do “corpo estranho” na cabeça, como costumava chamar a doença. (Uol)

Apolinho

O radialista, repórter, jornalista esportivo e comentarista Washington Rodrigues morreu nesta quarta-feira (15) aos 87 anos, no Rio de Janeiro. Também conhecido como Apolinho ou Velho Apolo, ele lutava contra um câncer agressivo.

Um dos principais repórteres da história do rádio, Washington comandava o “Show do Apolinho” na Rádio Tupi. No ar desde fevereiro de 1999, o programa era líder absoluto de audiência no segmento há mais de 20 anos.

O radialista era também comentarista titular da equipe de esportes da rádio e tinha a coluna “Geraldinos e Arquibaldos” no Jornal Meia Hora, de conteúdo leve e bem-humorado.

Carioca do Engenho Novo, Washington Rodrigues nasceu no dia 1º de setembro de 1936 e é um dos mais conhecidos jornalistas esportivas do Brasil.

Começou sua carreira em 1962 na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes, no programa “Beque Parado”, que falava sobre futebol de salão. Trabalhou em todas as grandes emissoras de televisão e rádio da cidade, entre elas, Globo e Nacional.

Carismático, criou várias expressões populares como “Geraldinos e Arquibaldos”, “Pau com formiga”, “Pinto no lixo”, “Briga de cachorro grande”, entre muitas outras.

Apaixonado pelo Flamengo, teve duas passagens pelo clube:

  • em 1995, como treinador, onde conquistou o vice-campeonato da Supercopa Libertadores;
  • em 1998, como diretor de futebol.

“Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar eu vou, pelo Flamengo eu faço qualquer coisa, se o goleiro se machucar e precisar de mim no gol eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio, chamou eu tô dentro, qualquer coisa que quiserem eu vou”, chegou a declarar sobre a experiência.

Conhecido pela imparcialidade, foi um dos poucos comentaristas com grande aceitação pelas quatro grandes torcidas cariocas. Era também reconhecido na profissão, tendo recebido todos os prêmios já criados para homenagear um jornalista esportivo.

O apelido Apolinho surgiu por usar, quando repórter da Rádio Globo, um microfone sem fio que era utilizado pelos astronautas da Missão Apollo 11, de 1969. Ele deixa três filhos. (G1)

Silvio Luiz

Morreu nesta quinta-feira, em São Paulo, o locutor esportivo Silvio Luiz, aos 89 anos, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. Silvio era casado com a cantora Márcia desde 1989 e deixa três filhos: Alexandre, Andréa e André.

Silvio Luiz Peres Machado de Souza nasceu em 1934, na capital paulista. A carreira na comunicação teve influência da irmã, a ex-atriz Verinha Dercy, morta aos 32 anos vítima de feminicídio. Silvio participou de duas novelas (Éramos Seis e Cela da Morte) como ator, ao lado da irmã.

Antes de se consolidar como um dos maiores locutores esportivos do Brasil, Silvio Luiz foi árbitro de futebol entre o fim da década de 1960 e início dos anos 1970. No jornalismo, foi diretor de programação da Rede Record e trabalhou em diversos veículos, como as rádios Bandeirantes, Record, TV Excelsior, SBT, TV Paulista, entre outras.

Como narrador, participou de diversas Copas do Mundo e foi uma das principais vozes do esporte brasileiro nas últimas décadas. Os bordões criativos ganharam o público e o tornaram famoso. Relembre abaixo algumas das principais marcas de Silvio Luiz:

  • “Está valendo”
  • “Acerta o seu daí que eu arredondo o meu daqui”
  • “Olho no lance, éééé…”
  • “Confira comigo no replay”
  • “Pelas barbas do profeta”
  • “O que eu vou dizer lá em casa?”
  • “Pelo amor dos meus filhinhos”
  • “Balançou o capim no fundo do gol”
  • “Foi, foi, foi, foi ele… o craque da camisa número…”

O amor pelo futebol o fez se candidatar por duas vezes para presidir a Federação Paulista de Futebol. No pleito de 1982, teve apenas quatro votos perdendo para José Maria Marin e Nabi Abi Chedid. Três anos depois, dobrou o número de votos, com quatro, mas ainda insuficiente para ser eleito.

O último trabalho de Silvio Luiz na televisão foi na Record, onde comandava uma transmissão alternativa dos jogos do Campeonato Paulista ao lado dos humoristas Carioca e Bola. Foi durante uma partida, entre Santos e Palmeiras, por sinal, que o narrador passou mal e foi internado pela primeira vez neste ano em São Paulo.

Após receber alta depois de ficar quase um mês no hospital, Silvio Luiz voltou a ser internado em 8 de maio, no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, local onde morreu. (Globo Esporte)

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