Órgãos do Estado lançam nota conjunta sobre problemas provocados pela fumaça das queimadas

Órgãos ligados ao Governo do Estado divulgaram nota conjunta nesta quarta-feira, 11 de setembro, sobre os riscos provocados pelas queimadas na região central do Brasil. A fumaça que chegou ao Sul do país é altamente prejudicial à saúde. Confira:

Foto: Jonatã Rocha / SECOM

Queimadas da região centro-norte do Brasil, Bolívia e Paraguai: impactos em Santa Catarina Instituto do Meio Ambiente (IMA), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Economia Verde (SEMAE), Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC).

O final de agosto e o início de setembro têm sido marcados por uma intensa massa de ar seco e quente sobre a região central da América do Sul. Em Santa Catarina, esse fenômeno tem resultado em umidade relativa do ar abaixo de 30%, especialmente no Grande Oeste e Planaltos, onde os índices chegaram a 20% nesta semana.

A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil emitiu um Aviso Meteorológico em nível de Atenção desde domingo (08), alertando para os riscos associados à baixa umidade e à onda de calor. O risco é alto para desidratação, insolação e agravamento de doenças cardiorrespiratórias, principalmente no Oeste e Extremo Oeste catarinense. Nas demais regiões, o risco varia de baixo a moderado.

Além disso, ventos em altitude têm trazido fumaça de queimadas do centro-oeste e norte do Brasil, além de Bolívia e Paraguai, para Santa Catarina. Essa situação piora a qualidade do ar e representa riscos à saúde.

Os impactos à qualidade do ar foram percebidos nas estações de monitoramento da qualidade do ar do Instituto do Meio Ambiente (IMA), nos municípios de Tubarão e Capivari de Baixo, que registraram concentrações de Partículas Inaláveis (MP1) entre 80 e 130 μg/mᶟ no dia de hoje. Estas concentrações equivalem a um Índice de Qualidade do Ar variando de moderado a ruim, o que implica que toda a população exposta pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem apresentar efeitos mais sérios na saúde. Diante deste cenário, a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil, em conjunto com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina, a Secretaria de Meio Ambiente e Economia Verde e a Secretaria da Saúde, vem a público informar e orientar a população catarinense sobre as medidas que podem ser tomadas para mitigar esses impactos e proteger a saúde e o bem-estar de todos. Esta nota conjunta visa fornecer informações sobre a situação atual, os riscos associados e as ações recomendadas para minimizar os efeitos adversos das queimadas e da baixa umidade do ar em nosso estado, bem como informar sobre a previsão para os próximos dias.

Impactos na Saúde

A combinação de ar seco e poluído pode agravar problemas respiratórios e cardiovasculares, especialmente em grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes. Sintomas como irritação nos olhos, garganta seca e dificuldade para respirar podem ser relatados com maior frequência. Além de sintomas respiratórios, a baixa umidade do ar pode estar relacionada também com aumento de episódios de dor de cabeça e lesões de pele, como a dermatite atópica e dermatite de contato.

Recomendações à População:

● Hidratação: Beber água regularmente, mesmo sem sentir sede, para manter o corpo hidratado. A ingestão abundante de água é a melhor medida para garantir a hidratação.
● Ambientes Internos: Utilizar umidificadores de ar ou recipientes com água para melhorar a umidade do ambiente.
● Exposição ao Ar Livre: Evitar atividades físicas ao ar livre, sobretudo pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares, idosos e crianças.
● Cuidados Médicos: Procurar assistência médica caso persistam irritações ou sinais e sintomas respiratórios.

Previsão para os próximos dias:

A partir de sexta-feira, 13, o avanço de uma frente fria traz aumento de nuvens e chuva para Santa Catarina. Com isso, a umidade relativa do ar aumenta e o transporte de fuligem fica direcionado ao centro-oeste e sudeste do Brasil, melhorando a qualidade do ar no estado.

Devido à elevada presença de fuligem na atmosfera, a coloração da chuva pode apresentar cor escura, fenômeno chamado popularmente de “chuva preta”. Este fenômeno ocorre quando há uma grande concentração deste aerossol na atmosfera que, em contato com a água, altera sua coloração.

Informações ASCOM | SDC

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