Em setembro de 2024, uma família procurou a Polícia Científica de Santa Catarina (PCISC) por meio do programa PCI Conecta, buscando respostas sobre o desaparecimento de sua filha, ocorrido em 2018, em Chapecó. A equipe da PCISC realizou uma entrevista detalhada com os familiares, coletando informações sobre as circunstâncias do desaparecimento, prontuários médicos e odontológicos, além de fotografias da época. Também foi colhido material genético dos pais para auxiliar na busca.

A partir desses dados, a PCI de SC iniciou um trabalho de inteligência para cruzar informações com casos atendidos pela instituição. Durante a análise, foi identificado um possível caso relacionado: um crânio encontrado em uma plantação em 2019, cuja morfologia dentária correspondia às fotografias fornecidas pela família. O caso foi encaminhado para exames periciais, e a confirmação veio por meio da comparação genética, que comprovou que o crânio pertencia à filha do casal. Exames de antropologia forense e odontologia legal também apontaram similaridades na arcada dentária do crânio com os prontuários médicos e fotografias fornecidos. “O resultado desse trabalho representa muito mais do que um desfecho técnico. Ele simboliza a possibilidade de uma
família finalmente encerrar um ciclo de angústia e incerteza. Nosso compromisso é garantir que cada caso em toda Superintendência de Chapecó receba a atenção e os recursos necessários para que a ciência contribua na busca por respostas e justiça”, afirmou o superintendente de Polícia Científica em Chapecó, perito Felipe Braga.
Para a família, a PCISC conseguiu dar uma resposta há muito esperada. Para a sociedade, o desdobramento forneceu novos elementos investigativos, levando à reabertura do inquérito pela Polícia Civil, que retomará as apurações sobre a autoria do crime.
O compromisso da Polícia Científica é seguir trabalhando para dar respostas às famílias e colaborar com as investigações, garantindo o direito à justiça e à cidadania.
DI