seg, 19 maio 2025, 20:02:19

Setor produtivo alerta: gripe aviária não é transmitida pela ingestão de carne de aves e de ovos

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) reforça a importância do Comunicado Técnico emitido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em razão da confirmação, no dia 15 de maio de 2025, do primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no Brasil. O caso foi registrado no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, e confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Além de orientar quanto às medidas de biosseguridade que devem ser intensificadas neste momento, o comunicado ressalta que a doença não é transmitida pela ingestão de carne de aves e de ovos, não havendo restrição de consumo e riscos ao consumidor final. É fundamental reforçar que, conforme o Mapa, o risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).

Importante reforçar que todas a medidas para a contenção e erradicação do foco foram iniciadas, assim como feita a comunicação oficial a cadeia produtiva, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, bem como aos parceiros comerciais do Brasil.

O comunicado lembra, ainda, que o país conta com um robusto sistema de defesa sanitária e um plano nacional de vigilância e contingência contra a Influenza Aviária, que contempla tanto a vigilância ativa quanto a passiva, com investigações e monitoramento contínuos em todo o território nacional. Desde 2022, mais de 4.000 investigações já foram realizadas pelo Mapa em casos suspeitos.

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, enfatiza a relevância de esclarecer à população que não há riscos no consumo de carne de aves e ovos ao comentar que “essa é uma medida educativa essencial para evitar preocupações desnecessárias, manter a confiança do consumidor e proteger a economia desse setor que tem grande importância para o agronegócio do país”.

Ao recomendar os cuidados necessários aos produtores catarinenses, Pedrozo realça que o estado é referência em sanidade animal e um dos maiores exportadores de carne de frango do país. “A atenção rigorosa à prevenção é imprescindível neste momento e, portanto, contamos com o engajamento de todos os produtores rurais, técnicos e órgãos de fiscalização para intensificarem as medidas de biosseguridade para mantermos o status sanitário do nosso estado”.

Ele complementa, ainda, que as medidas implementadas pelos órgãos competentes são fundamentais para evitar a propagação da doença, garantir a proteção da saúde pública e resolver o problema no estado vizinho, sem consequências às demais regiões do país.

MEDIDAS ANUNCIADAS PELO GOVERNO DE SC

Em Santa Catarina, diante da gravidade do caso confirmado no Estado vizinho, a Secretaria da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicaram a Nota Técnica n.º 001/2025, com medidas sanitárias para garantir a biosseguridade da produção catarinense e dar segurança aos países importadores.

Os médicos-veterinários da Cidasc também foram orientados a manter a avaliação criteriosa nos atendimentos de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN) e a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) é enquadrada. Além disso, estão intensificando as orientações durante as vigilâncias e certificações de rotina, tanto em plantéis de aves comerciais, quanto em aves de subsistência, sobre a importância da biosseguridade na prevenção das doenças das aves.

Secretaria e Cidasc alertam que o momento requer atenção máxima e, diante da importância econômica e social da avicultura para o Estado de Santa Catarina, a adoção dessas medidas é de extrema relevância. A depender da evolução do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Cidasc para proteger a avicultura catarinense.

Os produtores devem reforçar as medidas de biosseguridade e proibir visitas de pessoas alheias ao sistema de produção.

Aves mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas. É de extrema importância a comunicação imediata à Cidasc em caso de aves de qualquer espécie apresentando sinais clínicos de Influenza Aviária (sinais respiratórios, neurológicos, tais como dificuldade respiratória, secreção ocular, andar cambaleante, torcicolo ou girando em seu próprio eixo, ou mortalidade alta e súbita). Essa comunicação pode ser realizada utilizando o sistema e-Sisbravet no link: bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET, ou ainda, diretamente em um escritório local da Cidasc, contatos disponíveis no site cidasc.sc.gov.br/estrutura-organizacional.

Informações Faesc/CNA e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária

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