A Matriz de Risco Potencial Regionalizado divulgada neste sábado, 29, aponta 15 regiões classificadas como risco potencial alto (cor amarelo) e duas no nível de risco moderado (cor azul). Em um comparativo com o relatório divulgado na semana anterior, apenas as regiões Alto Uruguai Catarinense e Extremo Oeste se mantiveram estáveis, permanecendo no nível moderado (azul).
A análise desta semana demonstra a manutenção da taxa de crescimento de casos e óbitos por coronavírus na última semana. Houve um aumento de 38% na taxa de casos de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias nesta semana (1.033,04 casos/100 mil hab), quando comparada com a semana anterior (747,08 casos/100 mil hab.). Em relação aos óbitos, houve um aumento de 138% na taxa de óbitos confirmados de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias (2,46 óbitos/100 mil hab.) quando comparada com a semana anterior (1,03 óbitos/100 mil hab.), demonstrando uma piora no cenário de gravidade da pandemia.
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Pelos dados de Secretaria de Estado da Saúde, as pessoas com quadros graves de Covid-19 hospitalizadas em leitos de UTI na rede própria estadual são em sua maioria pessoas com idade acima de 60 anos que não receberam a dose de reforço recomendada após 4 meses da completitude do esquema vacinal primário ou estão com o esquema vacinal incompleto.
NÍVEL GRAVÍSSIMO
Todas as regiões do Estado estão classificadas no nível gravíssimo (vermelho), com o número de casos ativos alcançando 78.287 casos em todo o Estado, o maior registrado desde o início da pandemia.
Na dimensão de gravidade, que contempla os indicadores de mortalidade e tendência de internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em relação ao boletim anterior, houve melhora nos indicadores do Alto Uruguai Catarinense, Extremo Oeste, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste e Oeste, que estavam classificados como nível alto (laranja) no boletim anterior, e se juntaram a região de Xanxerê, que se manteve no nível moderado (azul).
Observa-se que mesmo com o aumento vertiginoso no número de casos ativos, não houve impacto direto na internação e mortalidade por Covid-19.
Santa Catarina tem mais de 5,3 milhões de pessoas que receberam as duas doses da vacina, com isso a cobertura vacinal da população geral do Estado no dia 28 de janeiro de 2022 ultrapassou 73%. Apesar do grande número de casos notificados desde o início do ano, as elevadas taxas de cobertura vacinal do Estado têm contribuído para, proporcionalmente, reduzir o impacto na gravidade dos casos.
OCUPAÇÃO DE LEITOS
A taxa de ocupação de leitos de UTI adulto com pacientes em tratamento para Covid-19 em relação ao total de leitos disponíveis em cada região, as regiões Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Extremo Oeste, Vale do Itapocu e Xanxerê se mantiveram no nível Moderado (azul), com taxas de ocupação abaixo de 20%.
A região Oeste, que na semana anterior estava classificada no nível Grave (laranja) passou a ser classificada nesta semana no nível Gravíssimo (vermelho), com taxas de ocupação acima de 60%.
Mesmo com a disseminação da variante Ômicron por todo o Estado, não existe comprometimento da capacidade de atenção de alta complexidade no momento atual, informa a Secretaria da Saúde.

+ÔMICRON & AGLOMERAÇÕES
Considera-se como elemento chave para o momento de alta no número de casos de Covid-19 em Santa Catarina a elevada capacidade de transmissão da variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2, cuja transmissão comunitária foi detectada no final de 2021.
Além da presença da variante Ômicron, o cenário epidemiológico apontado nessas primeiras quatro semanas de 2022 pode ser considerado como resultado das aglomerações ocorridas durante as festas de final de ano e o período de férias de verão, aliadas ao relaxamento na adoção das medidas de prevenção por grande parte população.
Isso tem se refletido numa grande procura por atendimento em centros de saúde, unidades de atenção primária e centros de triagem em diversos municípios.
PREVENÇÃO
A Secretaria de Estado da Saúde alerta a todos acerca da importância da manutenção das medidas de prevenção, como uso universal de máscaras, evitar aglomerações mantendo distanciamento físico de 1,0m entre grupos diferentes, dar preferência a ambientes ventilados e atualizar o esquema vacinal contra a Covid-19, tanto completando o esquema primário de duas doses quanto recebendo a dose de reforço após quatro meses.