O mercado de suínos independentes em Santa Catarina encerrou setembro com um aumento expressivo de 39% no preço pago ao produtor, saindo de R$ 6,17 no início do ano para R$ 8,56 no final do mês, segundo informações do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi. Esse crescimento significativo contrasta com a média de 14% de aumento registrada pelas grandes indústrias integradas no mesmo período, como Aurora e Pamplona, cujas cotações passaram de R$ 5,32 para R$ 6,25 por quilo.
O cenário favorável também foi impulsionado pela queda nos preços dos principais insumos. De janeiro a setembro, o custo do milho diminuiu 4%, e o farelo de soja registrou uma queda de 9%, resultando em uma margem mais positiva para os produtores. A combinação de preços elevados e custos reduzidos tem possibilitado que o setor comece a recuperar parte das perdas acumuladas durante o período de crise, embora ainda haja um passivo a ser quitado pelos suinocultores independentes.
Além disso, o mercado externo de carne suína de Santa Catarina apresentou um desempenho positivo, com um acréscimo de 25 mil toneladas nas exportações de janeiro a agosto. Esse aumento reforça a competitividade do estado, que responde por uma parte significativa das vendas do Brasil, impulsionadas pela alta sanidade do rebanho catarinense. “Temos que manter a biosseguridade nas propriedades e evitar qualquer risco sanitário, especialmente em um momento em que muitos países enfrentam a Peste Suína Africana”, ressaltou Lorenzi, reforçando a necessidade de cuidados redobrados nas granjas.
Informações ACCS