Panleucopenia Viral Felina. Nome difícil, como difícil é uma cura. Esta é a virose que se tornou surto em Concórdia e em algumas cidades da microrregião. “Principalmente nos últimos seis meses, muitos casos”, informa a veterinária Luciana Corassa. “Quase não havia casos ou não com surto tão grave”, continua. É uma doença bastante contagiosa, pois o vírus que a causa é bastante resistente.
A transmissão é rápida, parecida com a conhecida parvovirose canina. “É por contato entre os gatos, mas o humano pode levar o vírus até os animais pelos calçados ou roupas”, alerta Luciana, que tem atendido casos nas últimas semanas na Pet Fellas, centro de Concórdia. “Adultos não vacinados e os filhotes são presas fáceis da doença”, lamenta. A transmissão pode acontecer durante brigas, por outras substâncias ou locais contaminados como alimentos, água, fezes, urina, vômito, ambiente, brinquedos, comedouros e bebedouros.
A solução é vacinar os bichinhos. Há três vacinas a serem escolhidas anualmente (obrigatórias): V3, V4 e V5. Qualquer uma, que pode ser aplicada a partir dos dois meses de vida, protege também contra a panleucopenia.
SINTOMAS
Os filhotes apresentam vômito, perda de apetite, febre e podem ter diarreia. “E o mais impactante é a possibilidade de morte súbita nos filhotes”, alerta a veterinária. Já nos adultos a incidência é rara e, mesmo assim, pode passar despercebida, ou seja, passa pela fase viral sem sintomas e se livra do vírus.
Com sintomas descritos é preciso levar imediatamente o animal para uma clínica. “O tratamento de suporte é necessário e pode até salvá-lo”, orienta Luciana Corassa, que conclui: “não há transmissão para o humano”.
E um alerta geral: com a chegada das estações mais quentes, os animais procuram a rua. Cães e gatos ficam mais expostos a doenças.
SUBLINHADO