
Um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o leste do Afeganistão na madrugada desta segunda-feira (1º) e deixou 812 mortos e mais de 2.800 feridos, além de um rastro de destruição que já tornou o tremor um dos piores no país nos últimos anos.
O governo afegão disse esperar que o número de vítimas suba ainda mais, já que o tremor ocorreu em uma área extremamente montanhosa e de construções precárias, com muitas casas feitas de argila. Vilarejos inteiros foram destruídos, segundo autoridades.
O terremoto, que já é um considerado um dos mais destruidores da longa lista de tremores recentes no Afeganistão, ocorreu entre as províncias Kunar e Nangarhar, região de fronteira com o Paquistão e a cerca de 200 quilômetros da capital Cabul.
A área também já vinha sendo fortemente afetada por chuvas e enchentes nas últimas semanas.
O epicentro ocorreu a apenas 8 quilômetros da superfície, uma profundidade considerada baixa para terremotos e que torna os tremores mais fortes. A intensidade fez com que o terremoto fosse sentido também em Cabul e até em Islamabad, capital paquistanesa.
Equipes de resgate ainda buscavam por desaparecidos — como a área é muito remota, montanhosa e de difícil acesso, as buscas estão sendo feitas quase exclusivamente com helicópteros.
Centenas de feridos foram levados a hospitais locais, e, em um deles, um médico disse à agência de notícias Reuters que estava recebendo uma pessoa atingida pelos tremores a cada cinco minutos.
A ONU também afirmou que diversas agências da organização já começaram a prestar auxílio no resgate às vítimas em quatro províncias do país.
Horas depois do terremoto, outros cinco tremores secundários, cujas magnitudes variaram entre 4,3 e 5,2, foram registrados, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
Só ao longo de 2024, 1.000 pessoas morreram por conta de terremotos no país. (G1)
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