Foi encerrado no último dia 14 de março, após oito anos e meio, o processo de recuperação judicial da Schumann, rede de lojas de móveis e eletrodomésticos atuante em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, além do e-commerce com abrangência nacional. O caso iniciou em novembro de 2015.
Outra empresa do grupo, a Schumannlog, da área de transportes, também fazia parte da mesma ação judicial. Com o arquivamento do processo, os dois estabelecimentos retornam ao mercado como quaisquer outras corporações. A solicitação de recuperação judicial foi feita naquele momento para viabilizar a negociação dos débitos. A dívida declarada com 108 credores era de R$ 123.178.970,27 em créditos quirografários e R$ 3.070.392,60 em créditos trabalhistas.
Com a intervenção do Judiciário, se estabeleceu um ambiente propício ao diálogo entre as partes interessadas, o que permitiu que a empresa elaborasse um plano de reestruturação. Este plano, uma vez aprovado pelos credores, possibilitou a continuidade das operações comerciais, com a manutenção das atividades e a preservação dos empregos, conforme o Tribunal de Justiça de Santa.
Antes de pedir recuperação judicial, em 2015, a empresa fechou 10 lojas e demitiu 300 colaboradores. A revenda de móveis e eletrodomésticos surgiu em 1997, em Seara. Em 2019, a Schumann comprou todas as 71 lojas da Multisom, rede de eletrônicos e instrumentos musicais com grande atuação no Rio Grande do Sul.
Em 2020, a Schumann chegou a 80 lojas em Santa Catarina e iniciou as atividades de vendas pela internet, quando superou a marca dos mil funcionários. Em junho de 2023, 29 lojas foram fechadas pela rede. No comunicado, a empresa lamentou o fato: “Essa indesejável decisão foi tomada em face do cenário econômico em que se encontra o país, resultante da perda do poder de compra dos consumidores, do crédito mais caro e do endividamento das famílias”.
Grupo Schumann
Atualmente, o Grupo Schumann é composto por cinco empresas: as lojas Schumann, a Schumannlog, a Nexen, que oferece sistemas de energia solar; a Multisom e a Greenforest, indústria de madeira de reflorestamento. O processo de recuperação judicial tramitou na Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais e Extrajudiciais, lotada na comarca de Concórdia.
DI
