Jovem vítima de abuso sexual em Arabutã relata como foram os anos de terror

Durante uma entrevista exclusiva ao jornalismo da Atual FM, uma das vítimas de estupro em Arabutã revelou detalhes de como acontecia os abusos que perduraram por mais de três anos. A jovem, atualmente com 16 anos, destacou que ela e sua irmã eram obrigadas a satisfazer o namorado da mãe delas sob forte pressão psicológica. A mãe ameaçava cometer suicídio caso elas não mantivessem relações com o namorado dela. 

Nos últimos dias, as duas meninas utilizaram as redes sociais para contar um pouco da história e dos momentos tristes que passaram. A mais nova atualmente está com 12 anos. “Como a gente não queria o mal da nossa mãe, acabávamos sendo convencidas a praticar o ato com ele”, relatou uma das vítimas. Ambas recebem acompanhamento psicológico como forma de superar o trauma causado pelos abusos constantes. 

A jovem de 16 anos contou que muitas vezes ela e a irmã conversavam escondidas sobre o assunto. A mãe, enquanto os abusos aconteciam, chegava a ficar brava com elas caso não houvesse respeito com o agressor. “A gente não podia falar uma palavra errada com ele”, destacou. Quando decidiram contar, foi que elas iniciaram a luta pela justiça. 

Neste momento, muitas pessoas criticaram as jovens. Ela revelou que quando contou para a avó materna, os familiares saíram de uma cidade do Meio-Oeste onde moram para ir até Arabutã “somente para criticar e julgar”. O processo de investigação só teve início quando elas contaram em detalhes a situação para uma tia, que acionou o Conselho Tutelar. 

A adolescente confirmou também que por algumas oportunidades a própria mãe a levou para o motel para que o namorado dela cometesse os abusos. Esta situação aconteceu somente com a jovem mais velha. “Se a gente não tivesse mais nada com ele, ele não iria mais querer ela como namorada”, finalizou. A denúncia foi feita pelas vítimas há cerca de seis meses.

Rádio Atual FM

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