TSE forma maioria para tornar Bolsonaro inelegível

Foto: Evaristo Sá / AFP

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria nesta sexta-feira, 30 de junho, para tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível por 8 anos. O placar ficou em 5 a 2 contra o ex-presidente.

Tribunal entendeu que houve abuso de poder político em reunião com embaixadores estrangeiros meses antes da eleição. No evento, conforme o TSE, o então presidente Jair Bolsonaro atacou as urnas e disseminou fake news sobre o processo de votação.

Como foram os votos no julgamento

O primeiro voto foi do relator da ação, o ministro Benedito Gonçalves, que foi favorável à inelegibilidade de Bolsonaro. Ele afirmou que o político foi “integral e pessoalmente” responsável pela concepção intelectual e realização da reunião.

Ontem, três ministros votaram — Raul Araújo divergiu do relator. Nas últimas semanas, o ministro vinha sendo pressionado por aliados de Bolsonaro para pedir vista (mais tempo para análise), o que poderia adiar o processo por 30 ou até 60 dias.

Floriano de Azevedo Marques Neto seguiu o relator e apontou intenções eleitoreiras de Bolsonaro ao convocar a reunião. O ministro disse que ter um entendimento contrário a isso seria dar uma “pirueta”.

André Ramos Tavares foi o último a votar ontem e também foi favorável à inelegibilidade. Para o ministro do TSE, não houve um “mero diálogo institucional”, mas uma fala coordenada para manipular com mentiras os eleitores.

A ministra Cármen Lúcia foi a primeira a votar nesta sexta-feira, quarto dia de julgamento. No início de sua fala, ela já adiantou que iria acompanhar o voto do relator, ou seja, ser a favor da inelegibilidade do ex-presidente por oito anos — a contar das eleições de 2022.

O ministro Kassio Nunes Marques julgou a ação contra Bolsonaro improcente e votou contrário a inelegibilidade.

Já o presidente do TSE, Alexandre de Moraes iniciou seu voto dizendo que acompanha integralmente o relator.

Informações Uol e G1

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